Era pra ser mais um voo tranquilo entre Buenos Aires e Guarulhos, não fosse o despreparo, a arrogância e a petulância de uma tripulação despreparada ainda em solo, antes de começarem a voar de volta ao Brasil.
Durante o embarque, uma passageira acima dos 60 anos, ou seja, uma senhora, portadora de necessidades especiais, paraplégica e que havia adquirido o assento especial – pagando a mais por este serviço visando atender suas necessidades e o seu conforto, simplesmente foi alvo de uma bizarrice sem igual por parte dos profissionais da Gol Linhas Aéreas.
A passageira por acaso era a ex Deputado Estadual por SP, Dra. Célia Leão, que diga-se de passagem é paraplégica desde os 10 anos de idade e, num passado recente ocupou a Secretária de Estado para as Pessoas Portadores de Necessidades Especiais no mandado do ex Governador de SP, João Dória. É inegável que a mesma possui amplo conhecimento das leis que visam proteger a garantir dignidade a este público especifico de nossa sociedade.
Mas vamos aos fatos: Dra. Célia Leão, por orientação médica, portava uma pequena almofada de Neoprene (tipo de borracha sintética conhecida por suas propriedades isolantes, elásticas e impermeáveis, usada em roupas de mergulho, acessórios esportivos e equipamentos de proteção) que ela necessita sentar encima, caso contrário a musculatura de seus glúteos não lhe dão sustentação para permanecer sentada. Ressaltamos que se trata de uma necessidade orientada por médicos, não mero modismo ou algo similar. Porém a Comissária de Bordo, investida do cargo de Chefe de Cabine (líder dos Comissários durante o voo e segunda pessoa em autoridade após os Pilotos) veio até ela e a proibiu de usar a Almofada ou mesmo de colocá-la debaixo do assento. Alegou risco na segurança do voo etc. Aquilo gerou um tremendo mal estar a bordo, pois por mais que a passageira Dra. Célia argumentasse se tratar de uma questão de saúde, mais a Chefe de Cabine se tornava irredutível e com uma postura ainda mais arrogante. Algo desproporcional que levou a passageiro a solicitar a presença do Comandante da Aeronave, por ser ele a maior autoridade presente. Após rápida consulta ao Comandante a Chefe de Cabine regressou e foi ainda mais enfática ao afirmar “ele não virá atendê-la e determinou que o que eu resolvesse estava resolvido e a senhora não vai utilizar esta almofada de forma alguma”. A passageira, que se fazia acompanhada do Marido de duas Filhas igualmente adultas e sentados na fileira atrás, num último ato de tentar demover aquela tripulação incapaz de qualquer gesto de empatia, alegou que no voo de ida entre Guarulhos e Buenos Aires ela utilizou o objeto sem nenhum questionamento e não entendia aquele cabo de guerra no voo de volta. Novamente a Chefe de Cabine, após duas horas de impasse e demonstrando ainda mais arrogância, foi taxativa “a senhora precisa descer da aeronave, pois desta forma não vai voar conosco”. Não restando outra alternativa, diante de tamanha bizarrice, fora o fato de causar desconforto aos demais passageiros que possivelmente teriam conexões em Guarulhos para outras cidades, quiçá até outros países, a passageira e sua família optou por desembarcar do avião.
Em reportagem a CCN Brasil ao Vivo, na manhã de ontem (5/5), ela foi entrevistada pelos âncoras do canal e narrou o absurdo vivido e a decepção por encontrar pessoas ocupando cargos tão relevantes como o de Chefe de Cabine e Comandante de Aeronave e estas pessoas ignorarem completamente as leis de seu país. Dra. Célia Leão ainda disse que o erro era da companhia, pois certamente investiu e cobra de suas tripulações conhecimentos de aviação, mas esquece que sem pessoas não existe serviço de transporte aéreo de passageiros. E sugeriu ainda a companhia qualificar melhor suas tripulações com conhecimentos de cidadania, respeito as minorias e, claro, a legislação brasileira quanto ao trato com portadores de necessidades especiais.
Dra. Célia Leão, que hoje ocupa a Secretária para Pessoas Especiais da Prefeitura de Valinhos, na região de Campinas, disse ainda que em momento algum ela se identificou como ex parlamentar e muito menos os cargos que já ocupou e ocupa em instâncias governamentais, sejam Estaduais ou Municipais. Ali ela se portou, de forma delicada, educada e como uma simples passageira que naquele momento se sentia aviltada em seus direitos básicos de cidadã em condição especial fisicamente.
Assim como fez para CNN Basil ao Vivo, a Gol sinta-se a vontade para nos enviar no email [email protected] sua versão dos fatos, pois por premissa do jornalismo profissional, daremos espaço para esclarecimento do ocorrido.
Nossa coluna esclarece que os maus serviços prestados pelas Cias Aéreas, tanto nacionais quanto internacionais, tem pautado as manchetes recentes de vários veículos brasileiros e, de nossa parte, daremos repercussão da mesma forma as pautas dos atos dignos de elogios.
Por Gio Ahmad.’. – Jornalista Profissional (DRT 181/76 MG), Publisher/Editor do Blog do Gio, membro da ABRAJET-MG, hoteleiro e empreendedor no pujante Mercado Imobiliário.
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