A importância de ações como o encontro promovido pela prefeita Margarida Salomão

É sempre legítimo e necessário que a população fiscalize e questione seus representantes. O debate democrático é fundamental para o fortalecimento das instituições e para o aprimoramento das políticas públicas. No entanto, é igualmente importante que esse debate seja pautado pela verdade, pela honestidade intelectual e por uma visão construtiva da cidade que queremos.

O Encontro de Lideranças para o Desenvolvimento Regional, promovido pela prefeita Margarida Salomão, não foi — e jamais poderia ser reduzido a — um “ponta pé inicial de campanhas eleitorais”. Trata-se de uma ação estratégica que visa mobilizar forças políticas, empresariais e da sociedade civil para pensar o futuro de Juiz de Fora e da Zona da Mata com responsabilidade e visão de longo prazo.

Desenvolvimento regional não se faz de forma isolada, nem com soluções simplistas. Ele exige articulação, cooperação e, sobretudo, planejamento. Um dos principais temas debatidos no evento foi a viabilização do Aeroporto Presidente Itamar Franco como um polo logístico e tecnológico. Essa é uma pauta fundamental, que pode gerar emprego, atrair empresas, ampliar nossa competitividade e impulsionar toda a cadeia produtiva local e regional.

Quanto ao parque de exposições, é preciso esclarecer que qualquer proposta de requalificação da área será discutida com transparência e diálogo com a população e os setores diretamente envolvidos. A atual gestão tem compromisso com a agricultura familiar, com os produtores rurais e com o uso democrático dos espaços públicos.

Sobre a geração de empregos e atração de empresas: apesar de todas as dificuldades enfrentadas em nível nacional, o município tem avançado em políticas de incentivo ao empreendedorismo, qualificação profissional e parcerias com o setor privado. A recuperação econômica pós-pandemia não acontece da noite para o dia, mas está em curso, com responsabilidade e diálogo.

Por fim, associar o envolvimento de lideranças políticas com igrejas a uma suposta “caça ao poder” é não só um desrespeito com a fé das pessoas, mas também uma distorção do papel legítimo que qualquer cidadão — inclusive os evangélicos — tem de participar da vida pública. Juiz de Fora precisa de mais pontes, não de muros.

O futuro da nossa cidade não será construído com rancor, mas com participação, responsabilidade e união. O debate está aberto. E que ele seja feito à altura da grandeza de Juiz de Fora e de seu povo.

Por William Xavier de Carvalho – CEO do Banco de Negócios WXC.

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